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Projeto EPD avança com preparativos para a coleta de dados sobre impactos ambientais do setor de rochas
07 de Fevereiro de 2025 . 16h44
Projeto EPD avança com preparativos para a coleta de dados sobre impactos ambientais do setor de rochas
Desenvolvida no Brasil, a metodologia foi aprovada por outros nove países antes mesmo de ser aplicada internamente, consolidando o protagonismo brasileiro no segmento mundial.

No dia 05 de fevereiro, representantes do Sindicato das Indústrias de Rochas Ornamentais, Cal e Calcário do Espírito Santo (Sindirochas), da Associação Brasileira de Rochas Naturais (Centrorochas), e do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo Cachoeiro de Itapemirim (IFES Cachoeiro de Itapemirim) se reuniram no campus do instituto federal, em Cachoeiro de Itapemirim, para discutir os avanços do projeto EPD (sigla em inglês, Environmental Product Declaration, ou Declaração Ambiental de Produto, em tradução). Durante o encontro, foi apresentada a plataforma que será usada na coleta de dados das empresas do setor. A ferramenta já está em fase de testes e deverá ser disponibilizada para as empresas em março.

Quando ainda era um protótipo, essa metodologia foi apresentada em setembro, na Itália, durante uma reunião da Aliança Estratégica de Rochas Naturais (NSSA) e foi adotada pelos países membros do grupo (além do Brasil, participam Alemanha, Espanha, Finlândia, Grécia, Itália, Portugal, Reino Unido, Turquia e Estados Unidos). A NSSA decidiu implementar a base metodológica desenvolvida no Brasil nos estudos que estão sendo desenvolvidos por seus outros membros, reconhecendo a inovação e a eficiência do modelo nacional. Com isso, o projeto EPD brasileiro já nasceu na vanguarda, mantendo o país na liderança do cenário global de rochas naturais.

O projeto EPD, que serve de modelo global, faz parte da Análise do Ciclo de Vida das Rochas Brasileiras (sigla LCA, em inglês). Seu objetivo é medir os impactos ambientais em todas as etapas do ciclo de vida dos mármores, granitos e quartzitos brasileiros, incluindo extração, transporte e beneficiamento. A iniciativa foi encomendada pelo Centrorochas ao IFES e conta com o apoio do Sindirochas e do Centro Tecnológico do Mármore e Granito (Cetemag). Os resultados ajudarão a reforçar a sustentabilidade, a competitividade da indústria e a transparência das operações, além de atender às exigências de mercados internacionais. A previsão é que o projeto seja concluído em cerca de dois anos.

Início da coleta e segurança das informações
Com a previsão de início da coleta de dados em março, o IFES será responsável por todo o processo, que será conduzido de forma segura e sigilosa. Os dados coletados estarão protegidos por criptografia, e as informações individuais das empresas participantes não serão compartilhadas com as entidades ou integrantes do projeto. Esse mecanismo de segurança reforça a confiança necessária para que as empresas contribuam com informações essenciais ao desenvolvimento da análise.

Participaram da reunião, pelo Centrorochas: Tales Machado, presidente; Fabio Cruz, vice-presidente e Giovanni Francischetto, superintendente. Pelo Sindirochas, estiveram o presidente, Ed Martins, e o diretor executivo, Celmo de Freitas. Representando o IFES Cachoeiro estavam o diretor geral, Edson Peixoto, além dos coordenadores Igor Pizetta, Juliano Zagoto, Rafael Guimarães e Leonardo Marochio. A assessora de comunicação do Sindirochas e Centrorochas, Karina Porto-Firme, também participou do encontro.